O Dia Mundial de Alerta sobre a Obesidade, promovido pela Organização Mundial da Saúde, acontece neste sábado (4).
A estimativa da OMS divulgada em 2022 é de que haja em torno de 1 bilhão de pessoas com esse quadro no mundo.
À CNN Rádio, o endocrinologista Rodrigo Lamounier afirmou que este é um “problema crescente em todos os países no mundo” e que projeções indicam que em 2035 mais da metade da população brasileira terá sobrepeso e obesidade.
“Isso oferece um problema de saúde pública, de expectativa de vida, além do desafio de conscientização para evitar complicações sem aumentar preconceito e estigma em relação às pessoas, com obesidade.”
Ele alerta que “o peso nada diz sobre o caráter e virtude de um indivíduo.”
Entre as causas da obesidade, o diretor da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica lembra que nos primórdios da humanidade era um desafio conseguir alimentos.
“Isso fez com que selecionássemos genes de armazenamento, para fazer render o alimento.”
Depois da Revolução Industrial, porém, isso mudou, com avanço tecnológico, e “o trabalho ocupou espaço enorme na vida.”
“Mas o fator que fez explodir a obesidade do mundo desde 1980 foram os alimentos ultraprocessados”, afirmou.
Lamounier lembra que esses produtos alimentícios têm itens na composição que nem se sabe ao certo o que são, e que “há estudos que apontam que eles favorecem compulsão e aumento da ingestão calórica.”
O endócrino destaca que, além da alimentação saudável e prática de exercícios físicos, ele reforçou serem necessárias políticas públicas.
“A cidade de Londres, por exemplo, tem planejamento de fechar o centro para o deslocamento ser a pé, de bicicleta ou transporte público.”
Simultaneamente, a taxação de ultraprocessados também é algo a ser estudado, segundo ele.
Fonte Original: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/ultraprocessados-fizeram-obesidade-explodir-no-mundo-alerta-endocrinologista/
